Summer - Capítulo 1 * O começo -

Olá meus querido, como vocês estão? Eu espero que bem.
Hoje eu trago aqui pra vocês o Capítulo 1 da websérie "Summer". Se você ainda não leu a introdução, clique Aqui pra ler.
Eu espero que vocês gostem e tenham paciência, toda historia no começo é um pouco parada mesmo, mas no decorrer dos capítulos vocês vão se surpreender.
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Agora curtam o capitulo.



Sentei na frente do computador, e durante alguns minutos eu pensei se era isso que eu realmente queria.
Será que eu queria mesmo interagir com outras pessoas? Será mesmo que eu queria conhecer outras pessoas? Dar atenção para outras pessoas?
Eu sempre gostei tanto de ser sozinho, de poder fazer as minhas coisas quando eu quisesse e se eu quisesse sem ter que dividir atenção com um grupo de pessoas.
Mas as coisas precisavam mudar, eu precisava tentar viver essa nova vida, conhecer pessoas diferentes e ter mais assuntos para compartilhar.

Puxei a cadeira para bem perto da mesa, me alonguei e entrei na sala de bate-papo. Olhei algumas categorias e a unica que se encaixava no meu perfil no momento era a de amigos.
Demorei um pouco até que conseguisse escolher um nick diferente, mas não muito estranho, então optei por “Dark Angel”, horrível, mas pra que querer caprichar tanto?
Então escolhi a cor a cor do Nick e depois de colocar o código correto, finalmente eu entrei.
Fiquei por um bom tempo apenas lendo as mensagens das outras pessoas que estavam conversando e provavelmente não sabiam que não estava no privado. Eu queria esperar alguém vir falar comigo, afinal, o que eu iria falar para puxar assunto? “Oi, meu emprego é um saco e é só isso”. Eu realmente precisava mudar minhas perspectivas, eu não tinha nada de interessante pra contar para as pessoas sobre minha vida.

- Oi – Finalmente alguém mandou alguma coisa. Meu Deus, alguém com um nick de “Abelha”. O que seria Abelha? Homem? Mulher?
- Oi, tudo bem? – Eu respondi em privado, não queria ser mais um daqueles esquisitos que deixam suas intimidades fora do privado.
- Tudo sim, e você? Quer “tc”?
- Comigo também, quero sim. – Que conversa, nossa. O que eu posso falar? O que eu devo falar?
- De onde você é? – Finalmente a outra pessoa perguntou.
- De Blumenau, e você? – Como eu fui burro, esqueci de entrar em uma sala de cidades, agora provavelmente posso estar conversando com alguém do outro lado do país.
- Porto Alegre, um pouco longe “hehehe” – Realmente, um pouco longe, mas melhor um amigo ou amiga longe, não vou ter que aturar todos os dias.
- Um pouquinho, “hehehe”.
- E o que você procura aqui?  - A pessoa perguntou.
- Amizade, e você? – Que medo da resposta.
- Amizade também. J

Conversamos por horas, e no final das contas não foi tão ruim assim conhecer uma pessoa nova, foi até muito divertido e isso fez com que eu sentisse vontade de fazer isso mais vezes. Conversamos sobre cor favorita até o programa de Tv favorito. Falamos sobre a profissão de nossos pais e descobrimos que gostamos da mesma banda de Rock, Evanescence. A pessoa nunca conheceu minha cidade e eu obviamente não conheci a dela. Por fim trocamos telefones, mas eu não faço ideia do nome da pessoa e nem se essa pessoa é homem ou mulher. Vou ter que perguntar isso por telefone, mas e se for homem ou mulher, o que importa? Somos apenas amigos.

Fui dormir pela primeira vez depois de muito tempo com um sorriso no rosto. Meu estomago doía, mas não era uma dor de fome, ou uma dor de barriga qualquer, era como se tivesse alguma coisa fazendo cocegas dentro dele. Era tão bom sentir isso, essa sensação do novo, de estar conhecendo alguém, de ter alguém diferente pra conversar. Não que eu não gostasse de conversar com a minha prima, eu amo, ela, além de tudo, é minha melhor amiga, mas era diferente, eu estava me sentindo diferente.

Apaguei as luzes e fiquei olhando para o celular na esperança de chegar alguma nova mensagem. Foi difícil pegar no sono, mas depois de muito tempo olhando para a tela, acabei dormindo.
Na manhã seguinte fiz todo o meu ritual de sempre, levantei, tomei meu banho, tomei meu café e sai para trabalhar. Não havia nada de novo no celular, nenhuma sms, nenhuma notificação no MSN, nada, mas eu estava diferente, eu estava feliz. O dia seria tranquilo, o dia seria maravilho.
Cheguei ao trabalho e depois de ligar o computador, me ajeitei na mesa e comecei a verificar os e-mails e separar as prioridades, isso dependendo de qual das emergências da minha querida chefe eram realmente prioridade.

As tarefas do dia estavam em: Tirar as medidas dos tecidos para mandar estampar amostras que iriam para os clientes aprovarem; Procurar os tecidos nas cores mais próximas possível para não alterar o resultado final; checar se todos os desenhos estavam prontos para mandar para a estamparia; ligar para as facções e cobrar as amostrar que já deveriam estar na minha mesa na primeira hora do dia.
Todo o meu trabalho dependia de mais um monte de gente para que tudo desse certo, mas se no final do dia alguma coisa desse errado, eu levava a culpa e isso me cansava, eu não aguentava mais aquilo e isso estava acabando com aquela felicidade que eu acordei.
Respirei fundo, peguei um copo de café e resolvi navegar por alguns sites que eu visitava todos os dias.

O problema de você ir navegar um pouquinho na internet, é que as horas passam e você não se da conta, e eu só fui me dar conta de que tinha perdido muito tempo no computador quando ela, o diabo de saia, tocou meu ombro e me chamou até a sua sala.

- Jonas, as amostras que deveriam estar na minha mesa as 9h da manhã, aonde estão? – Ela perguntou olhando pra mim por cima dos óculos. Os olhos dela me queimavam, me fuzilavam.
- A facção que está responsável ainda não trouxe. – Eu engoli seco, meu estomago estava doendo, mas agora era de medo.
- E você ligou pra eles?
- Não, eu ia...
- Não quero desculpas Jonas, por algum acaso você já esqueceu pra que  foi contratado? – Ela me interrompeu e começou a falar toda aquela ladainha de sempre.
-  Eu vou resolver isso agora mesmo Sigrid, não se preocupe.
- É melhor mesmo Jonas, eu quero essas amostras aqui em 1h, nem que você precise buscar-las.

Sai da sala dela e corri para o telefone, para a minha felicidade eles já estavam a caminho. Para a minha felicidade e para o bem do meu emprego. Mas quer saber? Não me importo mais, se ela me mandar embora, melhor ainda.

Na hora do almoço, depois de ter comido alguma coisa no refeitório, eu sentei em uma sombra perto dali e entrei no MSN, minha prima estava online e começamos a conversar, mas no meio da conversa chega uma SMS, meu coração pulou na mesma hora, meu coração estava saindo pela boca. O numero estava registrado como “Abelha”. Finalmente, a primeira SMS.

“Oi, bom dia. Como você está? Como está sendo seu dia?”

A mensagem não estava assinada, acredito que a “pessoa” também esqueceu de falar o nome dela, eu iria perguntar.
“Estou bem. O dia está indo hehe. O que você tem feito até agora?”

Demorou alguns minutos até que a pessoa respondesse e isso estava me deixando mais nervoso do que o normal. Porque tanta expetativa?

“Estou fazendo um trabalho para a faculdade e ajudando minha mãe com algumas coisas, por isso a demora para responder.”

Parei um pouco de digitar e pensei em varias coisas pequenininhas. Será que realmente valia a pena levar essa amizade adiante? A pessoa mora tão longe e não sei se algum dia conseguiria viajar pra tão longe, não sei se sentiria vontade, mas o que eu vou perder com isso, não é mesmo?

“Então, esqueci de perguntar seu nome aquele dia, seu numero ainda está registrado como abelha hehehe. Você é homem ou mulher?”

Mandei e fique ansioso, muito ansioso para saber a resposta, mas ela não veio. Fiquei durante algum tempo com o celular na mão, mas nada. O horário do almoço tinha acabado e eu precisava voltar. Guardei o celular e resolvi esquecer ele la dentro um pouco.
O restante do dia foi um borrão, nada de mais aconteceu, o celular não tocou e meu emprego estava a salvo.

Cheguei em casa, tomei um banho relaxante e deitei na minha cama. O celular vibrou.

“Sou homem, meu nome é Fernando, mas espero que isso não atrapalhe, até porque não tem nada de demais nisso, podemos ser amigos, certo?”

Ai meu Deus. Porque eu estou sentindo isso? Foi um momento de muita tensão. Minhas mãos suaram, meu coração saiu pela boca e de repente toda aquela ansiedade sumiu.
Mas será que faz diferença agora?

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