Volta Orkut, pelo amor de Deus.
Volta Orkut. Pelo amor de Deus.
Eu já quero deixar claro de antemão que eu não estou aqui
para explicar para vocês o que foi o Orkut, mas sim para relembrar essa rede
social tão amada e tão odiada ao mesmo tempo.
Sabe aquela sensação de a gente dar valor a alguma coisa só depois
de perde-la? Pois é, eu me sinto assim em relação ao Orkut.
Eu lembro que assim que começou a surgir o Facebook, eu
ainda estava um pouco com o pé atrás de aderir a ele pelo fato de ser sempre um
pouco com o pé atrás com coisas novas. Eu via meus amigos falando e aderindo e
batendo no peito para dizer que era muito melhor – E realmente não posso negar
que era.
Logo no início, o facebook era uma rede social limpa e pouquíssimas
pessoas que eu conhecia tinham, até porque era preciso de um convite para
entrar.
Quando você entrava lá, era algo mágico, não haviam gifs, não haviam spams e principalmente, não haviam vírus.
Quando você entrava lá, era algo mágico, não haviam gifs, não haviam spams e principalmente, não haviam vírus.
Então num belo dia, sem olhar muito para trás, eu resolvi me
render as maravilhas do facebook e criar minha conta e depois começar a adicionar
os meus amigos que já tinha, que no caso eram pouquíssimos.
O que mais me fez querer entrar para o mundo maravilhoso do
Facebook e deixar para trás o nosso saudoso Orkut, foi pelo fato de naquela época
a plataforma estar largada. Era muito spam, muito vírus e todo mundo adorava
compartilhar isso, ou as vezes nem sabia que estava compartilhando. E claro,
não podemos esquecer dos GIFS, aquelas fotos em movimento irritantes que eram pura
poluição visual.
Mas então era só isso. Esses eram os contras da rede social.
Muitas coisas boas aconteciam lá e uma delas eram as comunidades que todos
tinham em sua página. Os depoimentos dos amigos e familiares, os depoimentos
secretos que muitas pessoas aceitavam sem querer. Depois de um tempo vieram as
qualificações também – Que eu particularmente odiava. – Os scraps que muitas
pessoas usavam como pré-requisito para ser aceito em seu círculo de amizade.
Então eu resolvi ir para o facebook.
Assim que entrei, fui recebido por poucos amigos e fui preenchendo a rede com as minhas preferências.
Assim que entrei, fui recebido por poucos amigos e fui preenchendo a rede com as minhas preferências.
Filmes, novelas, livros, artistas, musicas, partido político, religião. Uma gama de coisas que o Orkut nunca tinha me perguntado. Começaram a aparecer as primeiras páginas (que no Orkut seria equivalente as comunidades) e eu fui entrando.
Uma das paginas que mais gostei de curtir naquela época, era da Cleycianne, uma página humorística muito boa que com o tempo caiu no esquecimento.
É ai que todo o problema começa.
Seria impressão minha ou com a chegada desse mundo de facebook, as pessoas começaram a descartar outras coisas, começaram a ser mais superficiais.
Seria impressão minha ou com a chegada desse mundo de facebook, as pessoas começaram a descartar outras coisas, começaram a ser mais superficiais.
Sei lá, parece que na época do Orkut, as pessoas estavam lá para participar das comunidades que mais pareciam fóruns, para compartilhar suas fotos de forma limitada, para deixar recados para os amigos e agora no facebook o que eu vejo é uma onda de compartilhamento de fakenews, de fotos horríveis de pessoas mortas e de guerras. Uma briga incessante sobre politica e religião entre amigos e familiares.
Cadê a simplicidade? Cadê a paz?
É nessas horas que eu sinto saudade do Orkut e como eu me
arrependo de ter menosprezado ele.
Por isso eu grito: VOLTA ORKUT, PELO AMOR DE DEUS.
Mas será que se voltasse, seria a mesma coisa que
antigamente?
Será que a rede social muda a pessoa ou a pessoa que muda a rede social?
Será que a rede social muda a pessoa ou a pessoa que muda a rede social?
Estou acreditando mais na ultima opção.
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