Rodovia 49 - Capítulo 1 -

Boa noite meus queridos. Hoje trago pra vocês uma mini websérie que criei e espero que vocês gostem. Ainda não sei quantos capítulos vai ter, porque estou criando ela. Enjoy.



Era 23 de dezembro. O sol já queimava nas primeiras horas da manhã.

Michele chegou cedo ao trabalho, dobrou sua camiseta xadrez até os peitos deixando a mostra sua barriga definida, ajeitou suas chuquinhas e se posicionou atrás do balcão de conveniência do posto que ficava à beira da Rodovia 49.

O Posto 49 é o ponto de encontro de todos os caminhoneiros e caminhoneiras que ali passam todos os dias. Alguns em busca de um local para descansar, outras vão em busca do pão de queijo maravilho feito por Michele e outros vão atrás de Michele, mas ela sempre muito concentrada em encontrar um marido rico que a tirasse daquele fim de mundo, mas as coisas mudariam.

- Minha linda, eu quero aquele pão de queijo maravilhoso e um café preto e bem forte. – Falou um moço alto e barrigudo que acabara de sentar ao balcão. Suas nádegas mal cabiam no pequeno e frágil banquinho.
- Felix! – Michele se virou com surpresa – Já vou trazer seu pão de queijo, mas o café está um pouco fraco hoje, o chefe esqueceu de comprar o pó, você acredita? – Ela falou se debruçando no balcão fazendo com que seus peitos quase pulassem na cara do coitado.

Felix era um velho conhecido de Michele, sempre que ia fazer suas viagens para entregar cargas, ele dava uma passada no posto, flertava com a moça, mas nunca tentou algo mais audacioso. Já Michele o olhava como uma mina de ouro, ela sabia que Felix ganhava muito dinheiro indo de um canto ao outro do Brasil com suas cargas superimportantes, mas ele não dava brecha, parecia ser fiel demais a sua mulher.

- E você acha que vai passar muita gente por aqui hoje? – Michele perguntou voltando sua atenção a máquina de café. – Eu espero que seja tranquilo, porque estamos com falta de tudo.
- Do meu posto partiram muitas cargas hoje, mas nada aqui para essas bandas. – Falou Felix bebericando seu café que mais parecia um chá. Finalmente ele deixou de lado e resolveu comer apenas o pão de queijo. – De lá só eu. – Ele sorriu, deixando visível seu dente de ouro.

Felix ficou ainda mais um pouco, conversou amenidades com Michele e depois saiu rumo ao seu destino.

Michele passou um pano no balcão, tirou o pó que quase fazia parte da mobília e depois ficou jogada na rede que ficava em frente ao posto.
O movimento estava fraco. Alguns carros passavam, mas nenhum parava para abastecer ou para comprar alguma coisa na loja de conveniência.
Michele tirou um cigarro de trás da orelha, posicionou entre os dedos e acendeu. Deu uma tragada e ficou olhando para o nada, foi quando um caminhão grande que aparentava carregar uma carga enorme parou no posto.

Michele levantou meio sem vontade e tentou ver através do vidro quem era, mas ela não conhecia. A porta abriu e lá de dentro saiu uma mulher com aparência de homem. Seus cabelos eram bem curtos, sua pele era manchada e agredida pelo tempo. Usava uma camiseta cinza, básica com as mangas dobradas até o ombro e sujas de graxa.

- Maria Eduarda. – Falou a moça, estendendo a mão até Michele. Ela nunca tinha visto aquela mulher ali, mas um frio na barriga fez suas pernas amolecerem, a voz de Maria Eduarda era firme.
- Michele, em que posso ser útil? – Michele apertou sua mão de volta. Maria Eduarda tinha um aperto de mão forte também. Michele a olhou de cima a baixo, analisando toda sua vestimenta. Na sua cabeça pensava ser um homem.
- O que você pode me oferecer? – Falou Maria Eduarda chegando bem perto do ouvido de Michele. Ela viu os pelos do pescoço de Michele se ouriçarem, o que fez ela investir ainda mais.
- Hoje eu tenho pão de queijo, coxinha de frango e um café ralo. – Michele falou se afastando. Sentiu o seu corpo estremecer e jamais antes sentiu aquilo por alguma mulher.
- Então eu quero uma coxinha de frango e esse café ralo. – Maria Eduarda respondeu. Ela procurou um banquinho que não estivesse tão frágil e se jogou em cima dele como um homem.

Michele preparou o que ela pediu e levou até a mesa. Ela olhava com o rabo do olho para não mostrar que estava interessada naquele ser. Ela voltou para atrás do balcão e observava de longe Maria Eduarda devorar a coxinha e quase virar em um gole o copo de café. Ela era atraente, tinha suas qualidades e isso fez Michele ficar balançada.

- Agora eu vou indo minha princesa, esse é meu telefone – Ela jogou um pedaço de papel sujo com um número anotado em cima da mesa. – Quando você quiser me ver é só me ligar.

Maria Eduarda olhou fundo nos olhos de Michele, apertou o meio das pernas e saiu.
Michele pegou o papel e colocou dentro do sutiã, mais tarde quando estive recomposta, ela pensaria no que fazer.


Continua...

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